Por que a gente não cansa de falar sobre Empatia?
Ideias para realizar um bom trabalho de pesquisa e imersão
Opa, tudo bem?
Você deve ter percebido que não enviamos nossa news na última sexta, como de costume. Mas tá no ar a edição #18 da nossa Newsletter, dividida em 2 partes:
1 - Dudu Loureiro, nosso Managing Partner escreveu algumas dicas sobre o processo de pesquisa empática nas organizações
2 - #SextounaDTG: as dicas do nosso time sobre o que curtimos nas últimas 2 semanas :)
Boa leitura e bom fim de semana!
A gente não cansa de falar sobre Empatia, por Dudu Loureiro
Mas comecei a entender que temos que tomar mais cuidado, para não levar a uma simplificação do que de fato representa um momento profundo de entendimento de contexto, do ecossistema e das pessoas envolvidas no problema, ou no projeto.
Não é que para fazer empatia você precisa ser um expert, um antropólogo, designer social ou o que quer que seja. Na verdade, eu sempre advogo do contrário, que qualquer um pode e consegue sair da sua bolha, trabalhar uma mentalidade que contempla a perspectiva do outro e basear suas decisões levando isso em consideração.
Mas como tudo na vida, não é de uma hora pra outra que isso vai acontecer. É um processo.
As palavras “pesquisa” ou “entrevista” fazem os participantes de uma pesquisa, ou de uma entrevista, se sentirem avaliados, portanto mais propícios a filtrarem o que compartilham, o quê não queremos.
Mas parece que também acontece um efeito negativo com quem se propõe a fazer imersões qualitativas, principalmente se não forem bem treinadas no assunto. No geral, as pessoas têm um senso comum sobre pesquisa ou entrevista, que é muito diferente do que deve acontecer em uma imersão qualitativa, exploratória, e se possível, contextual. Esses termos nos remetem a entrevistas, sempre precisamente objetivas, que vemos nos jornais e programas, ou mesmo, para as tradicionais pesquisas de senso, com seus questionários também muito objetivos e é claro, maçantes.
E está aí o grande problema. O sucesso do entendimento sobre a perspectiva do outro passa por uma interação, necessariamente NÃO objetiva. Aliás, quanto mais se conduz uma imersão empática com uma mentalidade cartesiana, direta e objetiva, menos o participante irá se abrir, e dessa forma, menos rica será a conversa e o resultado. Essa afirmação pode parecer vaga e acredito que essa sensação tende a piorar se eu disser que a condução de um processo como esse é basicamente sobre ouvir histórias e entender jornadas. Não vou entrar no detalhe metodológico aqui, mas a chave para descobertas e aprendizados valiosos reside essencialmente na capacidade do pesquisador de criar um ambiente onde o participante se sinta confortável e seguro o bastante para se abrir e de forma espontânea e compartilhar tanto o que já se sabia que seria de interesse direto para o projeto, quanto o que sequer se imaginava previamente, afinal, a gente não sabe o que a gente não sabe. Realmente não é algo simples de se fazer e alcançar.
Uma mentalidade aberta para a empatia é o primeiro passo. Mas boas descobertas e aprendizados passam necessariamente por habilidades e conhecimento de métodos e técnicas de pesquisa qualitativa e exploratória.
E aí, temos dois caminhos mais óbvios. Contratar especialistas para fazer. Ou tentar sozinho e começar a fazer, repetir, fazer de novo, e assim por diante, até ganhar horas de voo, e entender, através da prática sistemática, uma evolução nos resultados.
Mas espera aí, não precisa ser 8 ou 80, muito pelo contrário. Eis uma terceira via, que temos experimentado nos nossos projetos, com impactos incríveis para os clientes finais, mas também para a cultura da empresa.
Em alguns projetos adotamos um modelo híbrido, onde colaboradores e gestores do nosso cliente participam ativamente das entrevistas em profundidade, seja com clientes finais ou mesmo com outros colaboradores, em projetos de melhoria da experiência do colaborador. Em um primeiro momento eles participam com a tarefa clara de observar a nossa abordagem como pesquisadores e aprender. Depois, eles mesmos conduzem as conversas, recebendo feedbacks em seguida, em ciclos de mentorias.
Bom, eu sou muito suspeito para falar sobre isso, pois adoro o assunto, como já deve ter dado para perceber.
Então, se esse texto de alguma forma despertou seu interesse, bora continuar essa conversa?
#Sextou na DTG: Antes de nos despedir, aqui vão as dicas do time
Jordânia Costa: Quantas estrelas existem no espaço?
Você já olhou para o céu em uma noite clara e de repente, veio essa pergunta? Eu já! Difícil imaginar, não é? A boa notícia é que astrônomos descobriram como estimar o número total de estrelas no universo, e o resultado é surpreendente.
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Paulo Emediato: Nessa semana vou deixar a dica da minha newsletter de conteúdo semana, o Marmitex, para que você receba gratuitamente, toda quarta, uma lista de dicas de artigos, filmes, livros, música e outras coisas que acompanho.
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Ciso Lima: O que era pra ser o jogo "Banco Imobiliário"?
Vídeo | Sobre: Jogos de tabuleiro; Sociedade;
Ah o "Banco Imobiliário", um dos jogos de tabuleiro mais populares de todos os tempos, (mesmo sendo o 10889º no ranking dos melhores), visto por muitos como um verdadeira "ode" ao capitalismo... mas seria mesmo esse o objetivo dos seus idealizadores? Veja o outro lado dessa história no vídeo The Hidden Genius of Monopoly's Rules do canal PBS Game/Show.
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Raissa Fontes: Achei uma biblioteca bem massa, com a documentação das habilidades que a gente precisa pra construir um produto digital.
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Rubens Aguiar: Inspirada no projeto Dear Data (Giorgia Lupi e Stefanie Posavec, 2015), a oficina DATA SELFIE DA QUARENTENA – realizada no primeiro semestre deste ano com os estudantes do curso de Comunicação Visual e Design da UFRJ e a comunidade Dataviz.Rio – teve como objetivo estimular a reflexão sobre o período da quarentena a partir da coleta, representação e comunicação de dados pessoais que constituem o pano de fundo das atividades diárias dos participantes durante o isolamento.
Para traduzir suas experiências e rotinas em visualizações de dados, os participante coletaram, mensuraram, organizaram e visualizaram dados associados à repetição de uma ou mais atividades ao longo de uma semana.
Vale, sobretudo, para conhecer os conceitos e práticas utilizados na visualização de dados.
Assista aos vídeos da oficina e aos slides dos encontros aqui: http://www.juliagiannella.com.br/dataselfiequarentena/
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Isabela Lara: Como já falei, tenho como hobbie jogar jogos de tabuleiro! Mas não esses comuns... uns diferentes... Então minha dica de hoje é um deles!
Esse é cooperativo e super abstrato, o Obscurio da editora nacional: Galápagos Jogos. É engraçado ver como as pessoas vão interpretar as dicas que você passa, em silêncio, através das imagens (nada óbvias) que vêm prontas no jogo. E, claro, como a comunicação assertiva e a escuta ativa, fazem a diferença para o sucesso do time.
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Eduardo Rigotto: E se a gente pudesse assistir TV como nos anos 90? (EN)
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Silvia Vasconcelos: Projeto Dezon Drops: conteúdo apresentado no perfil @izadezon, com pílulas de tendências, cases e insights que podem inspirar ações e negócios. O último publicado, Propósito Coletivo - Recriando Utopias e Reconquistando a liberdade, traz perspectivas interessantes para incentivar visões ascendentes de futuro. "Sonhar e investir em inovações que inspirem e deem um novo sentido à vida" é a provocação. É para lá que estamos indo!
__________________Dudu Loureiro: A trilha é o primeiro disco dos japoneses do toe, banda de post-rock instrumental de Tokio, o maravilhoso "The Book About My Idle Plot On A Vague Anxiety".
No copo a Love My Room, stout com doce de leite, banana, nozes e lactose, dos curitibanos da Joy Project Brewing.
E a leitura é a HQ "Coltrane" espécie de biografia visual do maior saxofonista de todos os tempos, John Coltrane, traduzida e publicada pela Editora Veneta.
Falei sobre essa trinca no meu último vídeo.
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