Planejamento, orçamento, quem tem medo da virada de ano?
Um pouco sobre estratégia e planejamento
Tudo bem por aí?
Esta é a edição #16 da nossa Newsletter, dividida em 2 partes:
1 - Alguns insights sobre Planejamento Estratégico.
2 - #SextounaDTG: as dicas do nosso time sobre o que curtimos nas últimas 2 semanas :)
Boa leitura e bom fim de semana!
Quem tem medo de virada de ano?
Toda ano é aquela velha história, ao passar setembro, começa a correria para fechar orçamento, rever planilhas, fazer eventos de planejamento estratégico, definir metas e por aí vai.
O curioso é que por mais que essas atividades se repitam a cada ciclo, parece que as organizações nunca se preparam para cuidar desse processo. Não sei vocês, mas sempre tenho a sensação de um certo atropelo e afobamento, o que, por si só, já é sintoma de falta de planejamento.
Desde 2017 a gente vem aprimorando nossa abordagem para planejamento estratégico e acompanhamento em diversos clientes. Na prática, percebemos que as empresas precisavam aprimorar a experiência em si, para que esta se tornasse menos maçante. Além disso era preciso complementar as abordagens clássicas de planejamento com abordagens mais ágeis, flexíveis e humanas. Só assim seria possível chegar a uma definição estratégica mais apropriada para os dias atuais.
Tal abordagem foi construída através de muita experimentação e com a colaboração de muitas mãos, dos próprios clientes e de parceiros, inclusive para gente entender como o Design Thinking e os métodos ágeis poderiam servir à estratégia das organizações como um todo.
Um dos pontos essenciais descobertos é justamente que, para ampliar a visão e criar a estratégia, o repertório do Design Thinking é mais útil. Já na hora de desdobrar, implementar e acompanhar, as metodologias ágeis trazem mais contribuições. Independente de metodologias e abordagens, o importante também é compreender que não existe um framework definitivo que valha para todas as empresas e seus contextos. Pelo contrário, todo framework demanda um mínimo de flexibilidade, justamente para facilitar essa adequação contextual. Lembrem-se sempre que as ferramentas existem para servi-los e não ao contrário.
De qualquer forma, a gente traz aqui algumas dicas extraídas de padrões em nossa experiência. Para isso, nosso Managing Partner, Eduardo Rigotto, que trabalha com estratégia há quase 20 anos, e já vivenciou inúmeras abordagens, metodologias e ferramentas, destaca as seguintes dicas:
Mudança de paradigma: planejamos com foco na geração de valor para os stakeholders e não centrados no crescimento das operações, receitas, produtos e processos. No modelo tradicional, olhamos para o que temos e pensamos em como melhorar, crescer, etc. No novo modelo, imaginamos um futuro desejado para a nossa relação com os stakeholders e pensamos em como chegar lá. (parece uma mera troca de palavras, mas a mudança é substancial).
Estratégia e cultura são duas coisa diferentes mas co-dependentes e uma só funciona se estiver junto e alinhada com a outra. Não adianta planejarmos a melhor estratégia que não seja aderente à cultura da organização, pois os anticorpos da própria organização vão sabotar o planejamento. O mesmo vale para a melhor cultura, que sem planejamento, que acaba sem rumo.
Mais importante que o planejamento é a disciplina, tanto na elaboração quanto na execução e no acompanhamento. O valor do seu planejamento está justamente na capacidade de executá-lo, o que não significa que os planos não possam mudar, mas que isso aconteça de forma consciente.
Em realidades VUCA, BANI, Pandêmicas, Novo Normal e todos esses jargões da moda, uma coisa fica bem clara: sua estratégia e os desdobramentos dela podem e devem ser flexíveis, atualizados em ciclos menores, acompanhados, antecipados e ajustados na medida em que a realidade muda E acredite, ela vai mudar. O planejamento não é uma prisão, mas uma bússola de referência.
Nossa cultura sempre segmentou a estratégia como algo feito pelo topo das estruturas de poder nas organizações, mas em nossa experiência, promover a cocriação radical entre diversos atores, desde a ponta até a presidência, promove engajamento e reforça a disciplina de ponta a ponta, além de criar um. pacto mais poderoso em relação aos resultados. As pessoas se envolvem e se entregam mais quando se sentem parte e são ouvidas. Hoje em dia, as pessoas que são ponto de contato com clientes estão longe demais das que definem as estratégias e isso gera uma quebra geral na cadeia de valor. Todo mundo tem de falar ao menos sobre o seu quadrado.
Pra fechar, tempos atrás, eu escrevi um artigo sobre a vivência com o Rigotto trabalhando em projetos juntos: As Top 20 Lendas e Mitos sobre Planejamento Estratégico
#Sextou na DTG: Antes de nos despedir, aqui vão as dicas do time
Jordânia Costa: O Capitalismo e as novas economias. O entendimento das novas economias, pode afetar positivamente a integralização do indivíduo e de novas tecnologias, a fim de construir modelos sustentáveis e ainda viabilizar negócios rentáveis.
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Paulo Emediato: Gostei bastante desse artigo da Beatriz Guarezi sobre A Economia da Ansiedade.
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Ciso Lima: O futuro do anywhere office: A ideia de trabalhar de qualquer lugar do país, ou do mundo, é uma realidade que tem tudo para sobreviver à pandemia.
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Raissa Fontes: Apresento o planejamento estratégico do treinamento que a empresa júnior do meu curso de engenharia de produção da UnB, chamada Grupo Gestão, dá aos trainees: encurtador.com.br/fmCUY
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Rubens Aguiar: Pacífica Pedra Branca é novo single solo da cantora, compositora e instrumentista Jennifer Souza (Moons e Transmissor). Uma canção com a personalidade musical marcante da artista. Numa cena pop-mpb que apresenta cada vez mais do mesmo, a música de Jennifer é um oásis.
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Isabela Lara: Feriado chegando e para aqueles que têm viajado ou pensam em dar uma saída de casa rapidinha, com todos os devidos cuidados, indico o Pousadas Top (https://pousadastop.com.br) @pousadas.top para encontrar aquele lugar bacana, diferente e com preços acessíveis!
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Eduardo Rigotto: Afinal, o que é estratégia? Neste podcast, Silvio Meira responde em 10 palavras
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Silvia Vasconcelos: A aprendizagem como paixão compartilhada: entusiasmo, criatividade e design
__________________Dudu Loureiro: Vale escutar as dicas sobre Planejamento Estratégico do sempre relevante Roger Martin, no último episódio do Creative Confidence Podcast.
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