Colaboração online ainda funciona
Tudo bem, fatigamos das janelinhas do Zoom e o Teams, e eu entendo. Mas bem facilitado, um encontro online ainda pode ser engajador e produtivo e posso provar.
IMPROVISO DA SEMANA
Por Eduardo Loureiro, Managing Partner, Facilitator e Pesquisador da DTG Brasil
Na última semana, facilitamos nada mais nada menos que três workshops online. E a última vez que fizemos workshops dessa natureza, provavelmente foi na edição de outubro de 2023 do nosso programa de Facilitação.
Logo em meados de 2020, diante da total impossibilidade de encontros presenciais e sem outras alternativas, rapidamente adotamos o Mural e o Miro para conseguir continuar proporcionando experiências colaborativas, seja em projetos ou treinamentos. Como você bem sabe, absolutamente tudo virou remoto.
A partir do fim de 2021, pouco a pouco o presencial foi voltando. E por algum tempo tivemos inclusive uma situação híbrida entre experiências online e presenciais.
E em dado momento, o presencial voltou com toda a força. A fadiga de tela e das caixinhas do Zoom e do Teams causaram um verdadeiro trauma nas corporações. Coloque nessa conta o receio ou frustração com a fácil dispersão das pessoas durante sessões online.
Eu nem consigo questionar isso, visto que eu mesmo tive essa fadiga e, porque, convenhamos, realmente o presencial tem uma riqueza especial no tato, nas conversas, nas conexões e nas reflexões. Mas o remoto também pode proporcionar isso, ao menos em certo grau. Claro, desde que seja devidamente facilitado por alguém experiente, para que, dessa forma, possa ser uma experiência engajadora, objetiva e produtiva.
As três sessões dessa semana, depois de tanto tempo, me fizeram pensar o quanto ainda existe espaço para cocriação plena e produtiva, mesmo no ambiente remoto, viabilizando encontros que de outra forma não aconteceriam.
Então, aqui vão três dicas, que considero essenciais para fazer com que suas reuniões, sessões, rituais ou workshops remotos possam ser engajadores, produtivos e que cheguem nos resultados esperados.
Alguém precisa cuidar da facilitação, planejar e orientar as atividades, gerir o tempo, ter um olhar crítico sobre o que está sendo definido. Esse, inclusive, pode ser um papel rotativo na equipe.
Tenha uma clareza sobre o propósito daquela sessão. Onde se pretende chegar ao final dos 15 minutos, da 1 hora ou do dia de workshop?
Use processos criativos, frameworks e ferramentas a favor do que precisa ser feito, ao invés de ficar preso e refém da metodologia.
BORA APROFUNDAR?
• Em abril teremos uma nova edição do nosso queridinho "Facilitação e Liderança de Processos Criativos e Colaborativos“, que acontece em BH, mais especificamente no Órbi Conecta. Sem falsa modéstia, programa de facilitação que consegue aliar teoria e prática (já que todo mundo aqui tem oportunidade de facilitar e receber feedback) de forma tão rica, não existe no Brasil.
E se você quer trabalhar habilidades de facilitação, entender mais do processo criativo do design, ou talvez ser evoluir enquanto líder, já que as habilidades de facilitação basicamente são sobre liderar melhor, bora juntos.
Assinantes da Bebop terão 30% de desconto. Aproveite! ;)
Infos e incrições aqui: https://www.designthinkersacademy.com/brazil/course/facilitacao-bh/
Então, bora escutar.
BORA ESCUTAR?
• Acaba de sair o disco novo do Alex Figueira, músico e compositor venezuelano e radicado em Amsterdam. Conhecido por seu trabalho no maravilhoso Fumaça Preta. O disco se chama Colliding Layers e é uma mistura incrível de psicodelismo e latinidades calientes.